Noroeste de Minas, Alto São Francisco, Alto Paranaíba. Verão 2012.
DATA | RODOVIAS | TRECHOS | DISTÂNCIAS (km) | ACUMULADOS (km) | |
10/01/2012 | BR-251 | Brasília a Unaí | 170 km | ÔNIBUS | |
11/01/2012 | BR-251/MG-181 | Unaí a Brasilândia de Minas | 143 km | 143 | |
12/01/2012 | MG-181 | Brasilândia de Minas a João Pinheiro | 94 km | 237 | |
13/01/2012 | BR-040 | João Pinheiro a Luizlândia do Oeste | 82 km | 319 | |
14/01/2012 | BR-365 | Luizlândia do Oeste aPirapora | 114 km | 433 | |
15/01/2012 | Passeio de Barco pelo Rio São Francisco/Barra do Guaicuí / 52 km | ||||
16/01/2012 | BR-496 | Pirapora a Corinto | 139 km | 624 | |
17/01/2012 | MG-220 | Corinto a Santo Hipólito a Monjolo | 45 km | 669 | |
MG-220 | Monjolo a Santo Hipólito a Corinto | 45 km | 714 | ||
18/01/2012 | MG-220/BR-040 | Corinto a Três Marias | 92 km | 806 | |
19/01/2012 | BR-040/BR-365 | Três Marias a São Gonçalo do Abaeté | 98 km | 904 | |
20/01/2012 | BR-365 | São Gonçalo do Abaeté a Patos de Minas | 102 km | 1.006 | |
21/01/2012 | BR-365/MG-188 | Patos de Minas a Coromandel | 119 km | 1.125 | |
22/01/2012 | MG-188/GO-210 | Coromandel a Davinópolis | 80 km | 1.205 | |
23/01/2012 | GO-210/GO-381/ GO-506/BR-050 | Davinópolis a Campo Alegre de Goiás | 102 km | 1.307 | |
24/01/2012 | BR-050 | Campo Alegre de Goiás a Cristalina | 115 km | 1.422 | |
25/01/2012 | BR-040 | Cristalina a Brasília | 133 km | 1.555 | |
Brasília - Unaí - Brasilândia - João Pinheiro - Luizlândia - Pirapora - Corinto - Monjolos - Santo Hipólito - 3 Marias - S. Gonçalo do Abaeté - Patos de Minas - Coromandel - Davinópolis - C. Alegre - Cristalina - Brasília. | TOTAL | 1.463 | |||
MÉDIA/DIÁRIA | 97,53 |
O trecho entre Brasília (DF) e Unaí (MG) é feito [de bike] em 12 horas. Não iria encará-lo sob aquele aguaceiro. Parti para o Plano B.
Às 16 horas e sob chuva moderada, pedalei da minha casa à Rodoviária Interestadual de Brasília - DF.
Fiz a escolha certa em percorrer esse trecho de ônibus. Acomodei-me num hotel no centro, jantei e fui dormir, torcendo para o tempo melhorar.
Ao partir para a jornada daquele 11 de Janeiro 2012, percebi que estava próxima à hora do almoço e o trecho daquele dia, segundo me informei, têm poucos pontos de apoio. Almocei no Posto Horizonte Mineiro, às margens da BR-251. Arroz, feijão, salada e belas costeletas de porco.
Ao meio dia, segui na direção de Brasilândia de Minas (MG), 140 quilômetros à frente. O traçado é bastante plano. Unaí (MG) se localiza no Vale do Rio Preto e Brasilândia de Minas (MG) no Vale do Rio Paracatu.
TREVO DE ACESSO A BRASILÂNDIA DE MINAS (MG). Foto: Fernando Mendes. |
BR - 251 LONGAS RETAS E MUITA PLANURA. Foto: Fernando Mendes. |
RIO PRETO. Foto: Fernando Mendes. |
RIO PRETO. Foto: Fernando Mendes. |
Ponte sobre o Rio Paracatu. Foto: Fernando Mendes. |
MG - 188 entre Brasilândia de Minas (MG) e João Pinheiro (MG). Foto: Fernando Mendes. |
MG - 188 entre Brasilândia de Minas (MG) e João Pinheiro (MG). Foto: Fernando Mendes. |
Quando a subida terminou, uma visão deslumbrante: de um lado o Rio Paracatu; do outro, o Rio da Prata. Faltavam 50 quilômetros para João Pinheiro (MG).
Foto: Fernando Mendes. |
MG - 188 entre Brasilândia de Minas (MG) e João Pinheiro (MG). Foto: Fernando Mendes. |
MG - 188 entre Brasilândia de Minas (MG) e João Pinheiro (MG). Foto: Fernando Mendes. |
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Luizlândia do Oeste (MG). |
Vento. Mapa [s.d] color. Disponível em:
<https://www.climatempo.com.br/noticia/10-ventos-especiais>. Acesso:
05/02/2012.
Foto: Fernando Mendes. |
Chegada a Pirapora (MG). Foto: Fernando Mendes. |
Disponível em:
<http://www.iepha.mg.gov.br/index.php/programas-e-acoes/patrimonio-cultural-protegido/bens-tombados/details/1/84/bens-tombados-ponte-marechal-hermes>.
Acesso: 05/02/2012.
A ponte se apoia em 13 pilares de concreto. Tem extensão de 694 metros em 14 vãos, sendo dez centrais de 50 metros e os marginais de 35 metros. Apresenta 8,40 metros de largura e dois passeios laterais, colocados posteriormente, para uso dos pedestres. Estas passarelas são sustentadas por mãos francesas metálicas engastadas no vigamento horizontal inferior. Possuem piso de tábuas corridas assentadas sobre perfis de ferro. A proteção é feita por guarda-corpo metálico, cujo desenho contrasta com a estrutura principal por seu frágil aspecto. Na mesma época, foram colocadas, ao lado dos trilhos, peças de madeira para trânsito de carros.
Disponível: http://www.belgianclub.com.br/pt-br/heritage/ponte-marechal-hermes-pirapora>. Acesso: 05/02/2012.
O vapor Benjamim Guimarães foi construído em 1913, pelo estaleiro norte-americano James Rees & Sons e navegou alguns anos no Rio Amazonas sendo transferido para o Rio São Francisco em1920. Atualmente transporta turistas pelo rio, sendo o único em funcionamento. O tombamento estadual do Benjamim Guimarães foi aprovado em 1985 com inscrição no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico. Possui 43,85 metros de comprimento total e 7,96 metros de largura.
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Fotos: Fernando Mendes. |
Fotos: Fernando Mendes. |
Fotos: Fernando Mendes. |
Fotos: Fernando Mendes. |
Foto: Fernando Mendes. |
Foto: Fernando Mendes. |
Foto: Fernando Mendes. |
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Rio das Velhas desaguando no Rio São Francisco. Foto: http://www.sfrancisco.bio.br/aspbio/mortand.html>. Acesso: 05/02/2010. |
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Igreja Bom Jesus de Matozinhos. Foto: Fernando Mendes. |
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Igreja Bom Jesus de Matozinhos. Foto: Fernando Mendes. |
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Igreja Bom Jesus de Matozinhos. Foto: Fernando Mendes. |
Igreja Bom Jesus de Matozinhos. Foto: Fernando Mendes. |
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Igreja Bom Jesus de Matozinhos. Foto: Fernando Mendes. |
Chegada a Corinto (MG) às 18h 11. Foto: Fernando Mendes. |
Foto: Fernando Mendes. |
Locomotiva 526. Fotos: Fernando Mendes. |
Um dos entroncamentos importantes para a história da ferrovia em Minas Gerais está em Corinto (MG), na região central do estado. Em 1904, quando a cidade era conhecida ainda como Curralinho, houve a inauguração da estação. O local era ponto de partida de linhas para Diamantina (MG), no Vale do Jequitinhonha, para Pirapora (MG) e Montes Claros (MG), no Norte do estado de Minas Gerais.
A partir de Monjolos (MG), a Rodovia MG - 220 passa a ser em leito natural e tem seu ponto final em Diamantina (MG), 88 quilômetros à frente. Mas essa etapa [até Diamantina - MG], ficou para outra ocasião.
Foto: Fernando Mendes. |
Rio das Velhas. Foto: Fernando Mendes. |
Ponte sobre o Rio das Velhas. Foto: Fernando Mendes. |
Estação Ferroviária Santo Hipólito (MG). Foto: Fernando Mendes. |
Totem Estrada Real.Foto: Fernando Mendes. |
Ponte sobre o Rio das Velhas. Foto: Fernando Mendes. |
Ponte sobre o Rio das Velhas. Foto: Fernando Mendes. |
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SANTO HIPÓLITO-MG-IGREJA MATRIZ-FOTO: LEANDRO DURÃES. Terminando de atravessar o perímetro urbano, voltei à rodovia MG - 220 para completar os 15 quilômetros até Monjolos (MG). Traçado perfeitamente plano e belo visual do Rio Pardo Pequeno, paralelo à estrada. Rio Pardo Pequeno. Foto: Fernando Mendes. Foto: Fernando Mendes. Foto: Fernando Mendes. Rio Pardo Pequeno. Foto: Fernando Mendes. |
Foto: Fernando Mendes. |
Foto: Fernando Mendes. |
Foto: Fernando Mendes. |
Foto: Fernando Mendes. |
Foto: Fernando Mendes. |
Foto: Fernando Mendes. |
Foto: Fernando Mendes. |
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Foto: https://www.ferias.tur.br/fotos/3432/monjolos-mg.html>. Acesso: 05/02/2010. |
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Foto: Fernando Mendes. |
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Foto: Fernando Mendes. |
Às
10h 46 vi Corinto (MG) sumindo pelo retrovisor da bike e, pela Rodovia MG – 220,
rumei para Três Marias (MG), localizada na região do Alto São Francisco, 92
quilômetros à frente, dos quais 64 em leito natural, entre Corinto (MG) e o
distrito de Andrequicé, 400
casas e 2 mil habitantes, segundo o
blog, cujo endereço é:
Rodovia MG - 220. Foto: Fernando Mendes.
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Rodovia MG - 220. Foto: Fernando Mendes. |
Represa de Três Marias. Foto: Fernando Mendes. |
A antiga CMM (Cia. Mineira de Metais), que pertenceu à Votorantim, passou à minha direita [través leste], às margens da estrada.
Atualmente chama-se Nexa Resources, empresa global de mineração e metalurgia de metais não-ferrosos, resultado da fusão da brasileira Votorantim Metais e a peruana Milpo. Está entre as cinco maiores produtoras mundiais de zinco eletrolítico. A sede fica em Luxemburgo, na Europa.
Após a Nexa Resources, vem forte descida, que termina na ponte sobre o Rio São Francisco. Impossível passar por essa ponte e ficar indiferente à paisagem que se descortina em ambos os lados.
Foto: Fernando Mendes. |
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Ponte Rodoviária sobre o Rio São Francisco.
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Ponte Rodoviária sobre o Rio São Francisco.
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21/01/2012 - 12º Dia.
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A próxima cidade pós-Patos de Minas (MG) é Guimarânia (MG), 56 quilômetros à frente. Esse trecho é muito deserto e sem postos de combustíveis. O único ponto de apoio é o Quiosque Mineiro, que serve almoço feito em fogão à lenha e preparado em panelas de ferro. O aroma era agradável, mas ainda estava cedo para almoçar.
BR - 365. Foto: Fernando Mendes. |
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Foto: Fernando Mendes. |
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Foto: Fernando Mendes. |
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Foto: Fernando Mendes. |
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Falta o encabeçamento do lado mineiro. Obra se arrasta há 40 anos. Gastos passam dos R$ 3 milhões. |
Foto: Fernando Mendes. |
Foto: Fernando Mendes. |
Por ocasião do planejamento desta cicloviagem, fiquei sabendo da ponte inacabada. No Restaurante Nunes, o proprietário me informou: "uns 40 quilômetros à frente, entrar numa estrada de chão que te levará até a balsa". Entendido.
Como a BR -352 tem essa ponte inconcluída, à medida que pedalava, o movimento de veículos tornava-se menor. Reinei absoluto no caminho. Passado os 40 km informado a mim durante o almoço, cheguei à entrada da tal "estrada de chão". Aproveitei que um nativo passava pelo local carregando várias varas de pescaria e confirmei se a entrada é ali. Ele disse-me que sim. Fui em frente.
Acesso à balsa. Foto: Fernando Mendes. |
Travessia Rio Paranaíba. Foto: Fernando Mendes. |
Travessia Rio Paranaíba. Foto: Fernando Mendes. |
Travessia Rio Paranaíba. Foto: Fernando Mendes. |
Num posto de combustíveis, um dos frentistas me informou: "na rua atrás tem uma casa que aluga quarto". Foi lá mesmo. Não havia outra opção. Foi uma noite de terror. Quarto apertado (4m X 2,5m), cama de solteiro, sem ventilador, mosquitos fazendo a festa no sangue do hóspede, carros passando sobre os paralelepípedos da rua e provocando enorme barulho, motos com escapamentos abertos, carros desfilando com som nas alturas. Os tapadores auriculares ajudaram pouco. A janela do quarto fica quase no rés do chão da rua. Noite de terror.
Optei
em seguir pelas Rodovias Estaduais GO - 301 e GO - 506 para conhecer a Ponte
dos Carapinas (526 metros de extensão), sobre o Rio São Marcos. Ela [a ponte]
foi construída para atravessar a represa ou reservatório que alagou uma área de 218
km². Essa massa líquida movimenta duas turbinas que acionam dois
geradores, pondo em funcionamento a Usina Hidrelétrica de Serra do Facão
(UHE ou AHE), com capacidade de gerar 210 megawatts (MW) de energia, o
suficiente para atender a uma cidade, do tamanho de Guarulhos (SP), com 1,2
milhão de habitantes.
Ponte dos Carapinas. Foto: Fernando Mendes. |
Ponte dos Carapinas. Foto: Fernando Mendes. |
Ponte dos Carapinas. Foto: Fernando Mendes. |
Ponte dos Carapinas. Foto: Fernando Mendes. |
Ponte dos Carapinas. Foto: Fernando Mendes. |
Atravessei a Ponte dos Carapinas. O visual do lugar é maravilhoso. Parte da estrada (GO - 506) ficou submersa por ocasião do represamento do Rio São Marcos. Foi construído um contorno [da área alagada], com 12,73 km de extensão, para compensar a parte da rodovia [ GO - 506] que ficou submersa. O trecho novo é espetacular.
Represa UHE Serra do Facão. Foto: Fernando Mendes. |
Rodovia GO - 506. Foto: Fernando Mendes. |
Rodovia GO - 506. Foto: Fernando Mendes. |
Rodovia GO - 506. Foto: Fernando Mendes. |
Valeu
muito ter feito o desvio pelas Rodovias GO - 309 e GO - 506. Quando a Ponte dos
Carapinas foi inaugurada [11/2009] vi a reportagem pela TV e planejei uma ida
ao local, assim que fosse possível. No Verão 2012, foi possível.
Cheguei
à pequena Pires Belo (GO), distrito de Catalão (GO), localizada às margens da
BR -050, que liga Brasilia (DF) a Santos (SP), às 14h. Almocei no Posto Pacheco
e, agora pedalando pela BR - 050, rumei para o norte, na direção de Campo
Alegre (GO), 40 quilômetros à frente.
Foto: Fernando Mendes. |
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